o dia de portugal, por ssru

O presidente da comissão organizadora do 10 de Junho, Sampaio da Nóvoa, alertou para o aumento das desigualdades sociais, notando que Portugal tem um problema de “organização”.

Endereçando as suas primeiras palavras aos portugueses que vivem situações de dificuldade, pobreza e desemprego, “que vivem hoje pior do que viviam ontem”, Sampaio da Nóvoa lembrou que “a regra de ouro de qualquer contrato social é a defesa dos mais desprotegidos”.

Num tempo em que “a pobreza regressa”, agora “sem as redes das sociedades tradicionais”, o presidente da comissão organizadora do 10 de Junho advertiu ainda para a necessidade de não cometer “o erro de pensar que a tempestade é passageira e que logo virá a bonança”.

“Não virá. Tudo está a mudar à nossa volta. E nós também”, frisou, defendendo a procura de alternativas, porque “a arrogância do pensamento inevitável é o contrário da liberdade”.

Preconizando que o futuro está no reforço da sociedade e na valorização do conhecimento, Sampaio da Nóvoa alertou também para o problema de organização que Portugal tem “dentro de si”.

“Num sistema político cada vez mais bloqueado, numa sociedade com instituições enfraquecidas, sem independência, tomadas por uma burocracia e por uma promiscuidade que são fonte de corrupção e desperdício, numa economia frágil e sem uma verdadeira cultura empresarial”, sustentou, reconhecendo, contudo, que começam a surgir sinais de uma capacidade de adaptação e de resposta, de baixo para cima.”

“Sampaio da Nóvoa alerta para aumento desigualdades sociais” – RTP|notícias, 10 de Junho de 2012.