O Morro da Sé, mereceu a atenção da equipa da Porto Vivo que, em 2005, com ‘pompa e circunstância’ Rui Rio apresentou a público, dizendo: “(…) o programa “Amar a Sé” surge com o objectivo de apoiar as pessoas que não tenham condições de acesso ao programa “Recria” dando assim mais um precioso impulso à reabilitação do espaço que viu a Cidade do Porto nascer.(…)”
O estudo que dá corpo a este “Programa de Reabilitação da Sé”, um trabalho medíocre e aquém daquilo que a Sé merece e necessita, verteu para um processo de candidatura ao QREN que foi aprovado no final do mês de Julho de 2008.
São incentivos financeiros muito importantes para a reabilitação do Centro Histórico, indiscutivelmente cruciais, mas que estiveram perto de serem transferidos para outro projecto, devido a mais um erro de palmatória.
A Porto Vivo inscreve como parceira nesta candidatura, a FDZHP (Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto) em algumas das Operações propostas, com um encargo financeiro de cerca de 307.000,00 euros a despender por esta instituição na ampliação do equipamento destinado a idosos e no novo programa de prevenção da toxicodependência, da delinquência e de comportamentos anti-sociais, melhoria de competências e da inserção no mercado de trabalho.
O problema surge quando dias antes, a 14 de Julho, é publicado o despacho ministerial de extinção definitiva da FDZHP, proposta pelos Fundadores em Assembleia Geral de há um ano atrás, posteriormente confirmada pelo Executivo Camarário e pela Assembleia Municipal.
Ao menosprezar todo este historial, o Dr. Joaquim Branco, responsável máximo pela candidatura ao QREN – Presidente do Conselho Executivo da SRU, em acumulação com o cargo de Vice Presidente da FDZHP – cometeu um erro crasso que deverá ter custado ao Executivo Autárquico alguns trunfos, resultando inevitavelmente numa substituição apressada de parceiro.
Ainda que de uma forma geral as Operações propostas nos pareçam insuficientes e de difícil aplicação no terreno, como a “Qualificação do Espaço Público” (na Viela de S. Sebastião, como e porquê?) ou a “Valorização da Imagem e da Eficiência Energética do Edificado” (fachadas e telhados, outra vez?!), mesmo assim deixamos aqui um crédito para a equipa que propôs e obteve para a Sé tão merecido incentivo (total do programa – 15.300.000,00 €).