a crise do jornalismo, por ssru

Logo agora, em plena crise, quando é mais preciso, o “jornalismo” decidiu entrar em crise e corre a tinta, ele próprio, as páginas das notícias. Logo agora que o obscurantismo de “Estado”, mais do que nunca, procura fazer o seu caminho de desinformação e bloqueio da cidadania é que escreve com o baixar de braços e esquece os votos jurados. Dizem que:

«A crise que abala a maioria dos órgãos de informação em Portugal pode parecer aos mais desprevenidos uma mera questão laboral ou mesmo empresarial. Trata-se, contudo, de um problema mais largo e mais profundo, e que, ao afectar um sector estratégico, se reflecte de forma negativa e preocupante na organização da sociedade democrática (…)»

habitos 01-Fevereiro2013

Mas para nós os senhores jornalistas não estão isentos das suas responsabilidades na construção desta grande crise global, onde agora se vêm mergulhados. Uma informação “negacionista”, que se desliga daquilo que diga respeito aos interesses dos cidadãos à medida que se vai especializando em futebol e jet-set, permite que um não jornalista – um comentador como Marques Mendes – vá à procura e consiga informação privilegiada com que semanalmente ilustra o seu comentário televisivo. E a razão encontrada é um círculo fechado:

“A crise dos ‘media’ está a provocar uma queda mais acentuada no chamado jornalismo de investigação, disseram à agência Lusa profissionais do sector, admitindo que esta já era uma tendência devido à preferência pelas notícias imediatas. (…) “O verdadeiro trabalho de investigação faz-se pouco, porque dá trabalho, demora muito tempo e custa caro”, assegurou José António Cerejo, jornalista de investigação do jornal Público, em véspera da celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.”

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Toda esta profundidade filosófica para vos dizer que a Revista Time Out Porto [a revista que lhe diz tudo sobre a cidade], consegue num pequeno quadrado azul de 43×30 mm, informar os seus leitores aquilo que pretende e divulgar a sua fonte, ou seja, nós ssru, interessando-se por um dos nossos artigos aqui publicado.

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Em contrapartida, a partir da página 18 deste número 39, inicia-se uma odisseia que nos desperta a atenção e que tem o seu ponto de partida no Centro Histórico do Porto. Com os textos muito bem preparados e com as fotos de campo bem aberto, através de uma interrogação, é-nos dado a conhecer um Porto multifacetado: o das Lendas, da Literatura, da Música, dos Arquitectos e do Cinema. Assim também vale a pena gastar tinta…

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Um pensamento sobre “a crise do jornalismo, por ssru

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